Sábado, 12 de julho de 2025

Muse ressurge com “Unravelling” e entrega sua faixa mais pesada

Muse ressurge com “Unravelling” e entrega sua faixa mais pesada – (crédito: TMJBrazil)

Muse retorna com single gravado em Abbey Road e inaugura fase mais pesada da carreira

Muse fez o mundo tremer nesta sexta-feira (20) com o lançamento de “Unravelling”, single que aterrissou nas plataformas de streaming como um raio em céu nublado. A música chega envolta em mistério, após dias de expectativa alimentada por teasers crípticos nas redes sociais — entre eles, a frase “Back at it”, que acendeu o alerta máximo entre os fãs.

A nova faixa não é exatamente uma surpresa para quem esteve atento: ela foi apresentada ao vivo pela primeira vez em 12 de junho, durante show em Helsinque, na Finlândia, abrindo a apresentação no Kulttuuritalo com uma combinação ousada de prog metal, metalcore e batidas eletrônicas. O ponto alto? Um riff explosivo executado em uma guitarra de oito cordas, que deixou claro: o Muse está mais afiado — e mais pesado — do que nunca.

Gravada nos icônicos estúdios Abbey Road, “Unravelling” marca o primeiro lançamento oficial da banda desde 2022 e antecipa o novo capítulo sonoro que Matt Bellamy, Dominic Howard e Chris Wolstenholme vêm preparando. O próximo álbum, previsto para 2026, promete expandir ainda mais as fronteiras já distorcidas do som do trio britânico.

O Muse é uma banda britânica de rock originária de Teignmouth, Devon, formada em 1994. O grupo é composto por Matthew Bellamy (vocal, guitarra e piano), Christopher Wolstenholme (baixo, backing vocal e teclado) e Dominic Howard (bateria e percussão).

Com um estilo que mistura rock alternativo, música clássica e elementos eletrônicos, o Muse se tornou um dos maiores nomes do rock moderno. Em 2007, a banda fez história ao lotar o recém-reformado Estádio de Wembley em Londres, tornando-se a primeira formação a realizar tal feito.

Discografia e Sucesso

A discografia do Muse inclui nove álbuns de estúdio:

  • Showbiz (1999)

  • Origin of Symmetry (2001)

  • Absolution (2003)

  • Black Holes & Revelations (2006) – o mais aclamado, indicado ao Mercury Prize

  • The Resistance (2009)

  • The 2nd Law (2012)

  • Drones (2015)

  • Simulation Theory (2018)

  • Will of the People (2022)

Ao longo da carreira, o Muse acumulou prêmios importantes, incluindo dois Grammy Awards na categoria Melhor Álbum de Rock por The Resistance e Drones, além de cinco MTV Europe Music Awards, dois BRIT Awards e diversos outros reconhecimentos. Até 2022, a banda já havia vendido mais de 30 milhões de discos mundialmente.

História da Banda

Formação e Primeiros Anos (1992–1997)

Os membros do Muse se conheceram durante os estudos na Teignmouth Community College e no Coombeshead College, nos anos 90. A formação definitiva surgiu quando Matthew Bellamy passou em um teste para guitarrista na banda de Dominic Howard. Posteriormente, convidaram Christopher Wolstenholme, que trocou a bateria pelo baixo para se juntar ao grupo.

Inicialmente, a banda se chamava Rocket Baby Dolls e ganhou uma competição local, destruindo seus instrumentos no palco como forma de protesto. Após o evento, decidiram levar a carreira a sério, abandonando planos de universidade e empregos para se dedicar à música. O nome “Muse” foi inspirado por um professor de Bellamy, que mencionou as “Musas” da mitologia grega.

EPs e Showbiz (1998–2000)

Após construir uma base de fãs em sua região, o Muse começou a se apresentar em Londres e Manchester. O produtor Dennis Smith, dono da Sawmills Studio, os ajudou a gravar seu primeiro EP. O segundo EP, Muscle Museum, alcançou o terceiro lugar na parada indie britânica e chamou a atenção da mídia.

Em 1999, lançaram Showbiz, seu álbum de estreia, produzido por John Leckie. As letras refletiam as dificuldades da banda em sua cidade natal. Após o lançamento, o Muse embarcou em turnês pelos EUA e Europa, tocando ao lado de bandas como Red Hot Chili Peppers e Foo Fighters.

Origin of Symmetry e Hullabaloo (2001–2002)

O segundo álbum, Origin of Symmetry (2001), trouxe experimentações com órgão, mellotron e técnicas vocais mais potentes de Bellamy. A faixa Feeling Good, um cover, se tornou um dos grandes sucessos do disco.

A gravadora Maverick recusou-se a lançar o álbum nos EUA por considerar a voz de Bellamy “muito exagerada”. O Muse deixou a gravadora e só lançou o disco no país em 2005, após assinar com a Warner.

Em 2002, a banda lançou o DVD Hullabaloo, com registros de shows em Paris e um documentário. Um álbum duplo com B-sides e apresentações ao vivo também foi lançado.

Absolution e Ascensão Global (2003–2005)

Absolution (2003) consolidou o Muse no cenário internacional, com hits como Time Is Running Out e Hysteria. A turnê mundial incluiu apresentações marcantes, como no Glastonbury Festival, onde o pai de Howard faleceu após o show.

A banda ganhou prêmios como Melhor Performance Ao Vivo no BRIT Awards e se apresentou no Live 8 em Paris. O DVD Absolution Tour (2005) documentou a turnê e vendeu mais de 500 mil cópias nos EUA.

Black Holes and Revelations e HAARP (2006–2008)

O quarto álbum, Black Holes and Revelations (2006), alcançou o topo das paradas no Reino Unido e chegou ao top 10 nos EUA. Sucessos como Supermassive Black Hole e Starlight impulsionaram a banda.

Em 2007, o Muse lotou o Estádio de Wembley, registrado no DVD HAARP (2008). A banda também participou da trilha sonora de Crepúsculo e Watchmen.

The Resistance e Reconhecimento (2009–2011)

The Resistance (2009) trouxe influências clássicas e rendeu ao Muse seu primeiro Grammy. A turnê incluiu apresentações em grandes arenas e festivais como Glastonbury.

The 2nd Law e Experimentação (2012–2013)

The 2nd Law (2012) explorou elementos eletrônicos e dubstep. A faixa Survival foi escolhida como música oficial dos Jogos Olímpicos de Londres.

Drones e Grammy (2014–2016)

Drones (2015), produzido por Robert John “Mutt” Lange, venceu o Grammy de Melhor Álbum de Rock. O disco abordou temas como guerra e controle tecnológico.

Simulation Theory e Evolução (2017–2021)

Simulation Theory (2018) mergulhou em synthwave e estética anos 80, com clipes inspirados em filmes de ficção científica.

Will of the People e Atualidade (2022–presente)

Will of the People (2022) marcou um retorno ao rock pesado, com singles como Won’t Stand Down e Compliance.

Fonte: Correio Braziliense