Quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Conta de luz no Pará vai ficar mais cara a partir de quinta-feira, 7

Reajuste aprovado pela Aneel afeta cerca de 3 milhões de consumidores e será maior para indústrias e grandes comércios.

A conta de energia elétrica no Pará vai ficar mais cara a partir desta quinta-feira (7). A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, na manhã desta terça-feira (5), o reajuste tarifário anual da Equatorial Pará, concessionária responsável pela distribuição de energia no estado.

aumento médio será de 3,74%, afetando cerca de 3 milhões de unidades consumidoras.

Segundo a Aneel, o impacto será diferente para cada grupo de consumidores:

 Baixa Tensão (residências, pequenos comércios): aumento médio de 3,57%
 Alta Tensão (indústrias, grandes estabelecimentos): reajuste de 4,50%

Em nota, a Equatorial informou que A Equatorial Pará informou que o reajuste tarifário segue regulamentação anual prevista pela ANEEL e nos contratos de concessão das distribuidoras brasileiras. Para 2025, o aumento médio será de 3,74%, abaixo da inflação do período. Clientes de alta tensão terão reajuste médio de 4,50%, enquanto os de baixa tensão terão 3,57%, sendo que residenciais BT pagarão em média 3,26% a mais.

A empresa esclarece que, em uma conta de energia de R$ 100,00, apenas R$ 29,53 correspondem aos custos da Equatorial Pará para operação, manutenção e investimentos na distribuição local. Os demais valores incluem R$ 41,34 repassados para geradoras, transmissoras e encargos setoriais, além de R$ 29,13 referentes a impostos e contribuição para iluminação pública.

O reajuste é definido e conduzido pela ANEEL para atualizar as tarifas conforme a inflação e custos do setor elétrico. A Equatorial reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do Pará e a melhoria da qualidade de vida da população local.

De acordo com o defensor público Cássio Bitar, presidente do Conselho de Consumidores de Energia Elétrica do Pará (Concepa), o reajuste foi motivado principalmente por custos não gerenciáveis, como os encargos setoriais e a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que representam uma parcela significativa da fatura.

“O Concepa acompanha de perto todos os processos de reajuste e revisão tarifária junto à equipe técnica da Aneel, sempre com foco na defesa dos interesses dos consumidores de todas as classes”, afirmou Bitar.

 

Segundo Cássio, o Concepa tem atuado junto à bancada federal dando apoio a projetos de lei que tratam da reestruturação do setor elétrico. Uma das propostas em debate é a revisão das taxas de compensação pelo uso de recursos hídricos nas hidrelétricas de Belo Monte e Tucuruí, localizadas no estado.

Fonte: G1 Pará